MOVIES {1971/1972/1973}
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- DirectorStanley KubrickStarsMalcolm McDowellPatrick MageeMichael BatesIn the future, a sadistic gang leader is imprisoned and volunteers for a conduct-aversion experiment, but it doesn't go as planned.[Mov 10 Fav IMDB 8,3/10] {Video/@@@@@} M/71
LARANJA MECÂNICA
(Clockwork Orange, A, 1971)
TAG STANLEY KUBRICK
{inesquecível / grandioso / violento}Sinopse ''O anti-herói do filme é Alex DeLarge, um jovem líder de uma gangue de delinqüentes, amantes de leite drogado e música clássica. Tem por diversão bater, estuprar, matar... Enfim, cometer qualquer brutalidade que tenha vontade, não se importando com as leis ou o senso humanitário. Quando finalmente é pego pela polícia, sofre um tratamento duro de reabilitação. Quando Alex volta às ruas, totalmente regenerado, passa a sofrer com aqueles que antes eram as vítimas.''
''Crítica perturbadora e reflexiva, o clássico definitivo de Stanley Kubrick concebeu um dos personagens mais instigantes do cinema, Alex DeLarge.''(Rodrgo Torres)
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''Todos têm os seus gostos, tudo bem. Mas às vezes, manifestar uma preferência parece confissão. Eu, por exemplo, tenho mil vezes mais prazer em rever Carrie, a Estranha, do que "O Iluminado" (Universal Channel, 23h). Digo mais um pouco: embora "O Iluminado" provoque uma fria admiração, tenho a sensação de estar diante de um filme extremamente pedante, como se ele quisesse me dizer a cada take: Olha, eu sou um filme de terror, mas não como esses filmes de terror que você costuma ver. Eu tenho classe. E Jack Nicholson aparece como a prova final dessa afirmação.Confesso um pouco mais: a maior parte dos filmes de Stanley Kubrick anda me aborrecendo profundamente, com exceção de "O Grande Golpe", de "Laranja Mecânica", este, de fato, um filme e tanto. Dizem que Kubrick era um grande artista e, pessoalmente, um grande chato. Sobre a primeira afirmativa, o tempo dará a resposta final.'' (* Inácio Araujo *)
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''Se eu tivesse que ficar com apenas um filme de Stanley Kubrick na vida, não seria 2001, nem Dr. Fantástico. Seria "Laranja Mecânica" ; não recomendado para menores de 18 anos). Por quê? Não sei. Talvez porque o personagem de Malcolm McDowell seja inexplicável, com sua bengala, sua cartola, seu gosto pela Nona Sinfonia misturado à violência sem fim (sim, na convenção, Beethoven e outros clássicos significam bons modos; violência e caos vêm do rock). Pois é de violência que trata o filme no primeiro momento. E, no segundo, da violência ainda maior da instituição médica, da psiquiatria em particular. Ou talvez porque esse seja o filme em que o gosto de Kubrick pela grande angular melhor se justifica, na medida em que torna os movimentos mais rápidos e incisivos. Soa estranho que Kubrick, antes de morrer, tenha legado a Spielberg um projeto. Talvez não seja tanto: Spielberg é o inverso de Kubrick, acredita cegamente no humano.'' (** Inácio Araujo **)
Um pertubador retrato de uma sociedade que pode ser perfeitamente vista como um espelho da nossa.
''Ultraviolência. Quando Laranja Mecânica se inicia, somos apresentados a essa palavra que, durante toda a duração do filme, será trabalhada. Não, não digo somente de forma física, como as primeiras meia hora de filme apresentam, e sim o violento tom psicológico no qual o filme é conduzido magistralmente por Stanley Kubrick (Dr. Fantástico, 2001: Uma Odisséia no Espaço) até o seu final. Tudo de modo cínico, hipócrita, denunciando todo o egoísmo em uma visionária concepção de sociedade. Algo que, assustadoramente, em pleno século 21, continua atual, senão pior do que nos é apresentado em termos de violência no mundo. O anti-herói do filme é Alex DeLarge, um jovem líder de uma gangue de delinqüentes, amantes de leite drogado e música clássica, que tem por diversão bater, estuprar, matar... Enfim, cometer qualquer brutalidade que tenha vontade, não se importando com as leis ou o senso humanitário, somente pensando na própria diversão. Quando finalmente é pego pela polícia, sofre um tratamento duro de reabilitação. Um novo método, cruel, que faz com que a pessoa fique totalmente indefesa com relação a violência do mundo. E, mais uma vez, Kubrick brilha de maneira fascinante comparando os atos de Alex antes de sua internação com os da sociedade em resposta ao seu passado na segunda metade do filme. Você realmente se questiona sobre qual tipo de atitude é pior, mais fria, desumana. Não digo isso somente nas pessoas da rua, os antigos amigos de Alex, e sim com toda a falta de escrúpulo em volta dos interesses políticos sobre a situação. Uma ousadia incrível de Kubrick, perfeitamente retratada, questionar o sistema de modo tão duro. Quem interpreta o problemático Alex é Malcolm McDowell, simplesmente perfeito no papel. O seu olhar, sua frieza, chega realmente a intimidar. Pense na cena de abertura do filme, aquele olhar intimidador, característico de alguns filmes do Kubrick, acho que nunca se encaixou tão bem em um personagem seu antes (e nem depois). A sua importância dentro do contexto é tanta que li, certa vez, que Kubrick chegou a cogitar a possibilidade simplesmente não rodar Laranja Mecânica caso Malcolm não aceitasse o papel. É curioso como Kubrick tem total controle sobre seus atores. O modo como eles falam, o jeito cínico, tudo é captado mesmo que de forma inconsciente pelas pessoas que estão assistindo. O controle se reforça por uma curiosidade muito peculiar: Malcolm tem fobia a cobras, e advinha o animal de estimação que Kubrick deu a Alex?
Kubrick tem também o total domínio sobre as técnicas de filmagem. Misturando diversas dessas técnicas, ele cria o ambiente que quer da maneira que quer. Mesmo que possa parecer estranho (seus cenários tem cores sempre extravagantes, poucos objetos de cena, chão brilhando, luzes estourando nas paredes e tetos), tudo tem uma perfeita sintonia com o mundo em questão. Aliás, essa característica não se diz somente à Laranja Mecânica, e sim a todos os filmes de Kubrick (até mesmo Spartacus!), mas citei para reforçar que nada foi ao acaso, tudo está lá propositalmente. Certas vezes temos o tempo do filme alterado, passando mais rápido ou devagar, tudo ao som da mais bela música clássica. Aliás, Kubrick também brinca com temas clássicos, como nunca vistos antes. Além dos clássicos já supra citados, temos canções inocentes como ‘Singing in the Rain’ interpretadas de um modo bem diferente. O engraçado é que Laranja Mecânica custou apenas 2 milhões de dólares e, sem sombra de dúvidas, é um grande clássico. O que prova que a qualidade não está nos orçamentos milionários de Hollywood, e sim na competência de seus realizadores. É tão óbvia essa afirmação que me pergunto como filmes horrorosos que custaram dez vezes mais conseguiram ser aprovados por seus produtores. É ao mesmo tempo divertido e cruel. Fascinante e perturbador. Uma reflexão e medo. Ousado e intrigante. É Kubrick em sua melhor forma.'' (Rodrigo Cunha)
Polêmica obra-prima de Kubrick ainda é um filme obrigatório para qualquer um que goste um pouquinho de cinema.
''É difícil para as gerações mais novas compreenderem filmes como Laranja Mecânica em sua totalidade. Isto pelo simples fato de não terem acesso ou lembranças do impacto que o lançamento de obras como a de Kubrick causaram em suas épocas. O mundo era muito diferente quando Laranja Mecânica chegou aos cinemas e, de certa forma, o próprio cinema era muito diferente. Porém, conquanto muito tenha mudado desde então, estas obras conseguem manter-se atuais ao longo dos anos, em grande parte devido às suas mensagens atemporais. É essa longevidade que caracteriza um clássico. Roteirizado pelo próprio Kubrick a partir da obra literária de Anthony Burgess, Laranja Mecânica segue a trajetória de Alex, um jovem morador de alguma cidade inglesa em um futuro próximo. Na companhia de seus amigos, ou drugues, como o chama, Alex tem o costume de praticar atos de violência, como estupro, espancamento e até assassinato por simples prazer. Porém, quando capturado pela polícia, Alex é submetido a um tratamento inovador que busca eliminar o instinto violento de criminosos como ele. Laranja Mecânica tem mais de 30 anos de existência e, mesmo assim, conta-se nos dedos os filmes que conseguem ser tão completos quanto ele. Mais do que um impecável exemplo de utilização da técnica cinematográfica, Laranja Mecânica consegue levantar uma série de questões de cunho social e filosófico, constantemente indagando o espectador sobre diversos assuntos. O roteiro brilhantemente construído por Kubrick é de uma riqueza impressionante. Pontuado por uma incômoda ironia, o cineasta apresenta um mundo que, superficialmente, difere em muito do nosso, mas traz em sua essência os mesmos valores e problemas que enfrentamos, tanto hoje quanto na época de lançamento no filme. Desta forma, ao situar a trama em algum ponto indefinido do futuro, Kubrick realiza uma espécie de sátira, repleta de humor negro, para transmitir sua contundente mensagem. Ao contrário do que muitos já disseram, Laranja Mecânica não é um libelo contra ou mesmo a favor da violência. A trama do filme não se posiciona a este respeito, preferindo apenas mostrar que a violência é algo intrínseco ao ser humano e, por fazer parte de seus instintos básicos, não adianta reprimi-la. Mas a trama não versa unicamente sobre a violência. Ao longo das mais de duas horas de produção, Kubrick encontra espaço para tocar em temas como a liberdade de cada pessoa dentro de uma sociedade ou mesmo a influência que o meio provoca sobre o indivíduo. Na primeira questão, Kubrick envereda por um assunto semelhante ao levantado pelo recente Minority Report: até que ponto pode-se ceder a liberdade em prol de um bem maior? Qual seria o limite? Em certo momento, um dos personagens afirma: Quando um homem não pode escolher, deixa de ser homem. Mas tão importante quanto o que Laranja Mecânica tem a dizer é a forma como Kubrick diz. Assim toda obra do diretor, a narrativa é irrepreensível, contando com um requinte visual e um domínio da técnica cinematográfica que talvez ainda não tenha sido igualado por outro cineasta. Sabe-se que Kubrick era perfeccionista ao extremo e tal dedicação é percebida em cada instante de Laranja Mecânica. Desde a impecável cena inicial com Alex olhando fixamente para a câmera ao final aberto a interpretações, Laranja Mecânica parece ter sido concebido com muita calma e preciosismo. A impressão que fica é a de que cada plano – e, conseqüentemente, cada gesto dos atores e objetos colocados em cena – foi exaustivamente estudado, ponderando a participação dos mínimos detalhes que aparecem na tela. Kubrick tem a capacidade de tirar o máximo de cada tomada. É a forma completando o conteúdo. Assim, Laranja Mecânica possui seqüências brilhantemente concebidas e executadas, trazendo imagens que já se tornaram icônicas. Imagens como a de Alex no tratamento Ludovico, com os olhos arregalados, ou o espancamento ao som de Singin’ in the Rain ou Beethoven se tornaram parte do imaginário da cultura ocidental. A música, aliás, como é comum nas obras de Kubrick, é parte essencial de Laranja Mecânica. O cineasta é capaz de encontrar a sinergia perfeita entre imagem e som, como fica claro nas cenas comentadas no parágrafo acima. Mais do que isso, em Laranja Mecânica a música ainda faz parte da história, uma vez que o personagem é devotado a Beethoven e fica proibido de escutar o mestre após passar pelo tratamento. Sendo Laranja Mecânica um filme mais de história e forma do que de personagens, há pouco espaço para os atores brilharem. O único que recebe devido tempo em tela para isso é Malcolm McDowell, no papel de Alex, e ele encarna a oportunidade com grande devoção. Seu Alex passa pelos mais diversos estados de espírito e o ator transita entre as diversas mudanças com talento. Reparem na diferença entre o Alex do início do filme, o Alex da prisão e o Alex perdido, após a cena em que ele é recusado por seus pais quando volta para casa. Polêmico (há uma cena em que o protagonista se imagina flagelando Cristo na cruz), Laranja Mecânica é um filme obrigatório de ser assistido. Certamente, nem todos irão gostar e menos irão entender tudo aquilo que Kubrick quis dizer com a obra. Esta, porém, é uma das grandes qualidades de Laranja Mecânica: além da técnica e da narrativa irrepreensíveis, o filme levanta muitas questões e é passível de múltiplas interpretações. Resta ao espectador tirar as suas.'' (Silvio Pilau)
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Diretor: Stanley Kubrick
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Date 03/09/2012 Poster - ########